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Olhares

Quanto tempo que não expresso meus sentimentos por aqui. Talvez o tempo suficiente para notar o tamanho erro que cometi em deixar de escrever com o coração. Mas hoje é um dia especial, na companhia de pessoas especiais, vivendo momentos especiais.

Muita coisa mudou e continua mudando. Penso que sou uma mutação humana. Nesse, praticamente um semestre distante deste blog, passei a valorizar muitas coisas. Coisas que estavam frente aos meus olhos, mas uma certa membrana impedia que eu as visualizasse. Coisa estranha né?

Conheci pessoas legais. Fortaleci laços com pessoais mais anormais. Gosto de ser anormal. O que é normal, é cotidiano. E o que é cotidiano, cansa.

Hoje, avançado das nove da noite, eu aqui, escrevendo um texto. Muito legal essa ideia. E hoje estou com uma camiseta cujo tema é ideia - reciclável, diga-se de passagem.

O dia começou muito bem. Nas primeiras horas da manhã trabalhei. Por volta das 10 fui à casa da minha amiga Ely - a famosa - e levei o café da manhã. Mas isso só rolou perto do meio dia.

Mas a tarde foi algo sem comentários, ou melhor, que merece muitos comentários. Fomos ao que chamo de "nosso paraíso". Que lugar perfeito, tranquilo, belo. O "quinta" não faltou. Ainda bem que foi só um. Se fossem dois, até copo ia se quebrar. Risos.

E por lá passamos toda a tarde, falando de cinema, comportamento, cultura, música, publicidade, evolução. Que coisa valiosa. Lá esquecemos do mundo daqui de fora. Nos conectamos como "avatar", literalmente. A natureza em volta nos remete ao prazer de ter a tranquilidade tão perto da gente.

Caiu o entardecer e fui ao encontro de uma pessoa que está sendo importante nessa fase de minha vida. Pessoa boa, atenciosa, agradável, inteligente. Nossa! Tantos adjetivos que pode configurar até uma declaração. Mas está sendo bom.

E neste momento, estamos tod@s em uma rodada de computadores, navegando na internet, assistindo a vídeos mexicanos. Que delícia. "Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante...".

De volta, para relatar os momentos bons. Beijos.

Num frio, sem casaco


No início já rolou desencontro. Sempre que saíamos era em dois ou três táxis. Naquela noite fomos em dois. Um parou em certa esquina, porque os integrantes estavam com fome e lá tinha um boteco. O outro parou bem em frente da boate “Café Segredo”, que de segredo não terá mais nada depois deste texto. Risos.

As meninas, um arraso na produção. Os rapazes, nem tanto. Mas se salvavam. Para entrar na boate, fila de metros e metros. Fomos lá pro final. Esperamos por algo em torno de meia hora, enquanto que o outro grupo já estava dentro do recinto.

Estava um frio de sete graus, mas o fole para entrar na boate nos fez até esquecer esse detalhe. Boate estilosa, pessoas bem vestidas, entrada cara (e bote cara)... Sem entrar muito em detalhes na conta final. Kkk

Essa foi a primeira noite em Porto Alegre. Logo que entrei na boate fui direto pro bar. Tava afim de beber mesmo. E bebi. Fiquei colocado. Sei que rolaram altas paqueras. Um doende estava à procura da “Branca de Neve” (uma das meninas e não eu). Não achou, porque eu detectei primeiro o defeito nas orelhinhas. E não é que parecia mesmo um doendizinho?!

Gente, pára tudo! Foi uma comédia. Alguns, sentados à mesa, e sobre à mesa, quilos de casacos. Não tínhamos conseguido vaga na chapelaria para guardarmos os agasalhos. Eu nem me preocupei com isso. Fui pra pista com a Renata, Daiane, Costa e Rama. Bebemos, dançamos e tudo mais.

Menino, e não é que eu funcionei em plena boate... Foi tudo! O babado rolava nos cantos mais discretos (ou não) da boate. Teve uma amiga que estava conversando com um e de repente chegou outro e lascou um beijo. Nossa! Babado!!!

Alguns achavam que eu não ia falar dos meus rolos por aqui. Se enganarammmm. Pois falarei sim, sem citar nomes, é claro!

Pois é, na boate foi tudo de bom mesmo. Meu único arrependimento foi pagar a conta, que só a minha deu 73 reais. Nunca no mundo que eu havia gasto isso numa boate, até porque nem bebo (de equê).

Mas sim, altas olhadas, altos flashs e a noite passando. Sem muitos detalhes, para não entregar ninguém. Sei que lá pelas tantas, estávamos todos entrosados. Era gente de Roraima bebendo com gente do Rio Grande do Sul, Paraná e por aí vai. Os caras queriam só oferecer wisque com energético e foi nessa que uma amiga caiu no truque do “boa noite cinderela”. E bote boa noite. Ela foi dormir, desorientada.

No dia seguinte, só vomitava. Mas isso foi um detalhe. A pior parte é que essa amiga estava com a chave da chapelaria (que depois de muito tempo conseguimos uma vaga) onde estavam todos os casacos. Resultado: eu e Jéssica, quatro da manhã, num frio de três graus, sem casacos. A Jéssica, coitada, com um micro-vestido. Eu ainda estava de mangas compridas. A sorte que tinha um táxi bem na saída da boate. O Costa, cavalheiro (diferente de um integrante do grupo), cedeu o casaco de couro para "cobrir" a Jéssica.

Imaginem a situação: euzinho, quase bêbado, tentando convencer os funcionários da boate a acharem meu casaco e da Jéssica. Então, um rapaz, muito simpático, disse: “A moça que estava com vocês levou tudo”. Só assim saí da boate. Maior mico.

Então entramos no táxi e fomos direto para o hotel. No hotel, direto para o quarto das meninas para ver se elas estavam mesmo lá e se os casacos também. De certo estavam todos lá. Menos o bem-estar de uma delas. Isso foi furtado pelo rupnol. Risos.

Amanhece o dia (ou entardece?), sorridentes, lembrando das presepadas, decidimos ir ao shopping. Pegamos um taxista um luxo só. Nos passou todos os truques de Porto Alegre. Almoçamos às quatro horas da tarde, massa italiana, de preferência. Depois de comermos horrores e pavores, fomos tentar andar e ver as vitrines. O outro grupo foi para um parque, aonde estava rolando as comemorações e campanhas para que Porto Alegre fosse sede da Copa de 2014. Depois que foram ao shopping.

Nada de compras. Fomos tomar um café. Tudo muito caro numa certa cafeteria, mas tudo muito gostoso também. Sabe, estudantes sempre reclamam dos preços. Mas, nós que somos "finos", deixamos isso de lado e apenas curtimos.

Final das contas, voltamos para o hotel em um táxi que mais parecia uma lata de sardinha. Afinal, todos entraram e ficamos amontoados uns sobre os outros.

Para fechar a noite, conheci uma pessoa, natural do Paraná, que estava se dando entrada no hotel momentos depois que chegamos. Só consegui ver essa pessoa por causa da Ely, que estava na recepção e não podia subir, por causa da ordem de uma recepcionista abusada. Foi então quando eu desci e dei de cara com essa pessoa. Provoquei uma situação, claro! Foi no elevador. E veio a deixa de falar o número do apartamento. Não é que procurou... enfim... abafa o caso.

Nem sei qual é o próximo episódio. Risos. Mandem sugestão.

Xero.

Sacolas, bolsas, malas e muita gente


Era manhã de um sábado frio e nublado em Porto Alegre. Como estávamos hospedados no Centro, foi fácil a locomoção. Mas isso no início, porque na volta, haja sacolas, bolsas, caixas... Aff!

Nem preciso me estender muito para dizer que Aline e Paloma compraram quase uma loja inteira de calçados. Botas, sapatilhas, melissas (eu acho!) e assim foi... Foi mesmo! Cruzes!! Trabalho foi em Gramado descer do ônibus com uma caixa do tamanho de uma que comporta uma TV 29’’. Agora façam ideia do tanto de sapatos que essas meninas compraram. Pareciam centopeias. Risos.

No Centro de Porto Alegre, um grupo enorme. Lembrava aquelas excursões do ensino fundamental por alguma cidade, sabe?! Muita gente entrando de loja em loja. Passa cartão Visa ali. Passa o Master acolá. Passa um débito automático mais à frente. Calçados, roupas, agasalhos. Tudo entrava no bolo. E que bolo!

Eita meninas consumistas. Deixaram de ser publicitárias – que fazem tudo para vender – para serem integralmente consumidoras. Mas foi uma comédia. Andando o dia inteiro por lojas até que achamos o tal do “camelódromo”. Eis que lá foi uma bagunça economicamente generalizada.

Eu comprei. Não vou negar. Gosto desse lance de promoção. Risos. Quem não gosta? Mas comprei pouco. Apenas meias de lã, gorros e cachecóis. Nada mais. Já os demais... Eram eletroeletrônicos, roupas, bonés, jaquetas, e muito mais. Até que chegou a Débora e engrossou o caldo das compras.

Sem contar que esse foi o primeiro dia em Porto Alegre. À Gramado iríamos dois dias depois, de ônibus. Mas foi tudo muito divertido. Eu evitava andar na chuva para não molhar os cabelos. Risos. Mas esse não era o problema. Chapinha não faltou na bagagem das meninas (e nem na minha!).

Eu e Costa resolvemos nos desmembrar do grupo. Fomos a um, digamos, “passeio na floresta”. Foi até divertido. Andávamos sem rumo. Não entrávamos nas lojas porque sabíamos exatamente (ou não) o que queríamos e deveríamos comprar. Detalhe que isso durou o dia inteiro. Fotos ali, fotos acolá. Até no camelódromo rolou sessão de fotos. Vê se pode?!

Andamos... andamos... anoiteceu e voltamos ao hotel. Detalhe: eu queria comprar, a todo custo, uma camisa de cor marrom para usar com uma jaqueta de couro marrom. Eita que era tanto marrom. Mas não é que ficou legal?! Tem fotos no orkut.

Achamos um brechó. Até calça Empório Armani rolou. O Costa comprou um sobretudo, de couro preto, ao valor de 30 reais (revelei). Foi tira Chico, veste João. Mas um luxo. Fez casamento com tudo e ele tava se achando. Risos.

Enfim, voltamos para o Centro da Cidade para achar a minha tal camisa. Entra numa loja, experimenta horrores de peças (odeio experimentar roupas) e nada. Vem a vendedora querendo me empurrar uma “mini blusa”, achando que dava nesse corpinho, que um dia foi magrinho. Risos. Nada. Andamos mais um pouco e até que encontramos uma loja, já entreaberta, e tinha a tal camisa. Comprei. 15 reais. Era de lã, mangas cumpridas e gola role. Tinha até estilo.

Toda essa maratona com o único objetivo: ir para a boate Café Segredo. Mas isso contarei no próximo episódio. Aguarde!

Xero.

O bipi

Pára tudo! Como pude esquecer o fato mais inusitado dessa viagem a Gramado. O cenário: Aeroporto Internacional de Manaus Brigadeiro Eduardo Gomes. A personagem: nossa adorável Rama (para os íntimos – ainda bem que posso me enquadrar nesse perfil, ou não?).

Gente foi cômico. Depois de todo o meu estresse em busca da minha mochila e prestes a perder a conexão, chego à sala de embarque e encontro a Rama praticamente "desmontada". Já estava sem as botas (não lembro ao certo se ela calçava botas, mas por estar indo pro Sul, suponhamos que sim... risos), sem o casaco e otras cositas más... O motivo: algo de metal, em local incerto e não sabido.

Eis que surge a primeira gozação da viagem: "Rama Pipi", fazendo menção ao apito descontrolado do detector de metais da sala de embarque. E isso impedia que outras pessoas passassem pelo local e ainda mais que o avião, o tal aerbus, estava à nossa espera. Fomos os últimos a embarcar!

E a Rama foi tirando... e tirando... e tirando. Até que o tal detector parou de apitar. Surgiu a história de um piercing, mas sem comentários por aqui: proibido para menores!

Depois de mais de dez minutos, surge a Rama do outro lado do detector de metais, se montando novamente. Já produzida, embarca na aeronave. Eu, que gosto de tirar onda, assumi logo a autoria do apelido “Rama Pipi”. Mas enfim. Tudo não passou de brincadeira, sadia, é claro.

E a gracinha se prorrogou até São Paulo. E lá, os personagens foram outros. Praticamente todas as meninas do grupo estavam descalças tentando passar mais uma vez pelo detector de metal. Ely foi uma das primeiras da lista. Andava pelo saguão do aeroporto de Guarulhos com uma leve sapatilha de TNT. Voltava. E voltava. Novamente voltava. Tirava tudo que tinha aparência metal. O pior, teve de deixar todos os objetos usados para reparar as unhas. Já passei por isso, mas por uma simples pinça.

Pára tudo de novo! Eita que sofro mesmo de "perda de memória recente". Depois de devidamente postado o texto, eis que Djane me lembra outro fato, ocorrido no mesmo dia e que marcou da mesma forma a viagem.

Chegamos ao aeroporto Pinto alguma coisa em Porto Alegre e nasce um alvoroço. Todo mundo querendo pegar o mesmo táxi. Detalhe: 17 pessoas. E grito para um lado. Grito para outro. Os taxistas loucos por uma corrida.

Alguns ouviram o nome do hotel onde havia a reserva. Foram indo na frente. Outros discutindo com quem ir no táxi. O problema não era nem as pessoas, mas sim as malas. As meninas carregavam malas que acomodavam, confortavelmente, uma criança de cinco ou seis anos de idade. Só para ter ideia do tamanho da bagagem.

Então, no táxi que eu estava, queriam vir a Rama e Djane, mas não iam caber todas as malas. A Djane ficaria de fora. Então, por impulso sugeri que Rama fosse com ela. Foi, mas sem saber para aonde. Risos.

Gastaram 50 reais de táxi rodando a cidade sem saber o hotel. Sem ter como ligar e sem agasalhos, pelo menos a Rama, - e fazia frio - voltaram para o aeroporto. Desceram do táxi, arrasadas e com a sensação de estarem perdidas, logo à chegada.

Surge o "salvador da Pátria": o mesmo taxista que havia levado a mim ao hotel. Ele pergunta: "Vocês são as meninas de Rorâima (eles falam assim lá pelas bandas do Sul)?" Felizes, elas assinalam que sim. "Eles estão no hotel Umbu", diz o taxista.

Imediatamente elas entraram no táxi e foram para o tal hotel. Chegando lá, eis que o Leandro foi crucificado. Ai ai... Que dó de mim!

Próximo episódio: As compras.

Xero.

A partida


O roteiro: Boa Vista – Manaus – São Paulo – Porto Alegre – Gramado. Pareceu longo? Nem tanto. É o caminho para sair de Boa Vista; do Extremo Norte do Brasil, para o Extremo Sul. A ideia inicial era participar do 17º Festival de Publicidade. A ideia secundária era comemorar o meu aniversário, dia 3 de junho, abertura do evento.

Fortaleceu a ideia secundária o meu grupo de convívio diário, seja na faculdade, seja na minha vida particular e profissional. Então decidimos ir. Apenas o Odail ficou. Já participara em outra oportunidade do Festival, junto comigo, inclusive.
O que antecedeu a ida foi cômico. Primeiro para comprar as passagens. Ninguém tinha um cartão de crédito com limite suficiente para comprar todos os bilhetes. Ninguém queria agir por si só. Então encontramos uma alma caridosa, que nos cedeu um cartão sem limite (ta meu bem!) e então compramos três dos quatro bilhetes. A Jéssica estava na dúvida se ia ou não.

Compramos. Comemoramos. Fizemos inúmeros planos. E assim foi por dois meses e meio, antes de embarcarmos nessa aventura.

A mim incumbiu-se a tarefa de encontrar um hotel bom e barato para passar sete dias em plena Serra Gaúcha, diga-se de passagem, em alta temporada. Tarefa difícil. Depois de longa pesquisa e vários e-mails enviados, veio a resposta de um tal “Sossego do Major” (não foi mais o mesmo depois que passamos por lá).

Iniciou-se a negociação. Mais pessoas aderiram à ideia de ir à Gramado. Consegui então o menor preço. Né que ficou bom mesmo... Mas essa parte toco mais à frente.
Então todos ficaram loucos para comprar agasalho, já que chegaríamos ao Sul em meio a um inverno, com temperatura de três graus ou menos. Uma das integrantes do grupo, a Renata, descobriu um esquema de casacos baratos e até elegantes. O problema era sair todo mundo junto com o mesmo agasalho, como acontecera.

Enfim, chega o tão esperado dia 29 de maio. Paloma, a primeira a fazer o check-in. Eu e Ely ainda se comunicando e articulando a ida ao aeroporto juntos. E então eu fui direto para o aeroporto e ao descer do carro, encontro com a Ely. Despachamos as bagagens. Não saí com a Ely porque estava meio que ocupado com outra situação.

Sala de embarque e nada da Ely. A doida foi a última a passar pelo detector de metais. Passou. Louca, já na hora de adentrar a aeronave. Entramos felizes, sorridentes e sonhadores com a primeira viagem com o grupo quase todo reunido. A próxima seremos todos!

Já em Manaus trocamos de avião. Advinha? Um aerbus. Arrepiei-me todo. No mesmo dia havia sumido um em pleno oceano Atlântico. É até diferente. Tem classe executiva. Mas na hora de cair todos viram um sanduíche só. Fomos até São Paulo assistindo os melhores filmes, ouvindo as melhores seleções musicais e os piores comentários, porque isso não podia faltar, se fosse, não seríamos “os peores”.

Ah! Já ia esquecendo do estresse que rolou por causa da minha mochila. Odin a mudou de local e fiquei doido à procura. Coitada da comissária de bordo que já estava ouvindo reclamações. E então volta o Odin e apresenta o local onde estava minha bagagem de mão. Aff, ainda bem.

Próxima parada: São Paulo. Frio de 10 graus. Passamos uma hora e quinze no aeroporto de Guarulhos. Fizemos a conexão e fomos com destino a Porto Alegre. Fomos salvos pelo compadre da Ely, que reservou hotel para o grupão (não tinha dado tempo para isso!)... E ainda veio um protótipo querendo ir para um albergue. Vê se pode?!

Ao dar entrada no hotel, no centro de Porto Alegre, apenas nos trocamos e fomos para a Cidade Baixa, curtir um friozinho e tomar um bom vinho, e comer, claro! Mas a festa foi boa mesmo no dia seguinte, quando fomos a Boate “Café Segredo”. Altos babados. Tinha até homem com orelha de doende... risos. Os detalhes na próxima edição.

Xero....